10 setembro 2013

O fruto

Eis que a terra estéril se tornou fecunda,
E a semente boa caiu em solo bom
E a fenda escura e vazia tornou-se um lar
Encheu-se de luz e vida, encheu-se de esperança.
Agora é habitada pela mais bela criatura
Agora enfeita um corpo que não tinha mais graça
Hoje traz paz, traz perspectiva de um futuro melhor.
Hoje desperta sorrisos no rosto de uma mulher
Que até ontem era uma menina impetuosa,
Que era um passarinho que voava sem destino
E que hoje de volta ao seu ninho
Espera sua cria vir ao mundo.
Essa mulher se pergunta e procura entender
Como amar tanto alguém que nunca se viu?
Ela conta os dias pra ver essa criança chegar
E olhar em seus olhinhos e sentir seu cheiro
E amar cada dia mais esse pequeno ser
Que é o fruto de um amor que de tão grande
Ressurgiu em outra vida.


Para o meu bebê João Arthur, em Cinco de maio de 2013.

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